Góticos
ou italianos, estes jardins transcedem a produção
utilitária ou
decorativa das espécies vegetais
para elevar-se
à
poesia, se não até à
filosofia, realizando uma elaboração
simbólica da busca do amor,
terreno ou místico. Exemplares, neste sentido, os jardins de
Villandry
fazem reviver aquilo que os
poetas e os pintores descrevem. O jardim
decorativo, feito com altos buxos cortados, divide-se em duas
partes: a
primeira representa, em quatro quadrados, o amor trágico, o
amor
passageiro, o amor terno, o
amor louco; a segunda, evoca a
música. O
horto é dividido em nove quadrados onde brincam, em figuras
geométricas, as formas e as cores de umas vinte
espécies vegetais já
cultivadas aos tempos de Jean Breton.
O
terceiro jardim
renascentista reúne as plantas aromáticas e
medicinais. Num nível mais
alto, um
jardim aquático circundado de árvores
cortadas, no estilo do
reinado de Luís XV, completa este
museu de jardins.
É preciso penetrar
no espaço priveligiado dos jardins de Villandry para
compreender
o
papel dado à herdade adjacente ao castelo: feita para ser
admirada das
janelas, para completar o
espaço da visita, extender
até aos bosques,
aos campos, o cenário oferecido aos hóspedes,
dentro do
espírito de
toda uma arte de viver."- OS CASTELOS DO LOIRE, ÉDITIONS
VALOIRE -
ESTEL (Edição portuguesa).