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Sobre Sérgio

Uma pedagogia que serve um pensamento socialista

A esta altura, pomos a seguinte questão: onde se inspirou o pensamento social de Sérgio? Respondemos já: em Antero e, pela via de Antero, em Proudhon.

Recordamos que o primeiro livro de Sérgio foi o ensaio Notas sobre os Sonetos e as Tendências Gerais da Filosofia de Antero de Quental (Lisboa, Livraria Ferreira Editora, 1909).

Nele manifestava uma tripla admiração pelo poeta, pelo filósofo e pelo doutrinador social. Eram dezoito anos que absorviam apaixonada e lucidamente o grande Antero, autor predilecto. Uma paixão que o marcou para o resto da vida. Depois do monumental In Memoriam, onde a própria geração de Antero o glorificou, surgiu a recapitulação crítica de Sérgio (de novo o precursor!), logo seguida dos livros de Leonardo Coimbra, Joaquim de Carvalho, Fidelino de Figueiredo e Sant' Ana Dionísio.

É realmente em Antero que Sérgio bebe a concepção do socialismo como fenómeno não meramente económico, numa distinção entre meios e fins. O que agora Sérgio vai dizer de Antero vale para si também, porque nesse beber o licor se transmudou em coisa sua (a alma não é um cabide!): "[Conjecturo que] o carácter mais útil, mais oportuno, no pensamento social do nosso Antero, é o de ser uma espécie de correctivo ao que há de materialista e de autoritário, de excessivamente mecânico e simplista, na corrente do pensar socialista que tende a prevalecer no nosso tempo. Deriva-se essa virtude de ser um socialismo proudhoniano."

in António Sérgio, a obra e o homem,
J. de Montezuma de Carvalho


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Última actualização: Janeiro 2002