BRUNO TEIXEIRA

No outro dia estive a pensar naqueles que foram os principais frutos de toda a minha experiência académica. Surpreendentemente, estes maiores frutos estão
relacionados com a forma como toda a dinâmica da faculdade me moldou o cérebro, me ajudou a construir pontos de vista e me mudou drasticamente a mentalidade sobre tudo o que é assunto. Surpreendentemente também, não foram exatamente as aulas em si que me mudaram o pensamento e que permitiram amadurecer, mas sim ter adotado a ideia que “há tempo para tudo”. Esta ideia, apesar de parecer genérica, é verdadeira. O conselho aqui é que não deixem de ir a um jantar, de ir beber um fino a seguir às aulas, de dar uma chance à Praxe ou de entrar numa associação porque acham que as vossas notas vão ser prejudicadas. Não vão. Vocês são inteligentes, vão sair por cima e, acima de tudo, vão conhecer pessoas muito diferentes, ter histórias para contar e experiências que vos mudam como pessoa. No final são essas coisas que ficam. Claro que a minha experiência não incluía covid, mas parece-me que assim toda esta conversa de aproveitar todos os momentos ainda ganha mais relevo.

Logicamente que as aulas e todo o conhecimento técnico que daí vem nunca saíram das prioridades. Aliás, estive até bem tarde para conseguir entender o que efetivamente uma pessoa do nosso curso faz no mundo do trabalho, pelo que havia a curiosidade de perceber que assuntos mais me interessavam e o que mais me via a fazer no futuro.

Assim, o outro conselho, completamente conciliado ao de cima, é que façam o vosso tempo render, não vão às aulas por descargo de consciência mas sim para aprender e tudo fica mais fácil. O truque é deixar o telemóvel sossegadinho na mochila.

Sejam bem-vindos!