Sobre mim
Mestrado em
Gest�o de Informa��o
As letras da Mafalda Veiga
Contra
(des)Informa��o
O CR�TICO
Hist�rias
Pensamentos
N�mero PI |
Os �ndios
da meia praia
Jos� Afonso
Cantam v�rios outros entre os
quais: a Dulce Pontes
Aldeia da Meia Praia
Ali mesmo ao p� de Lagos
Vou fazer-te uma cantiga
Da melhor que sei e fa�o
De Montegordo vieram
Alguns por seu pr�prio p�
Um chegou de bicicleta
Outro foi de marcha � r�
Quando os teus olhos trope�am
No voo de uma gaivota
Em vez de peixe v� pe�as de oiro
Caindo na lota
Quem aqui vier morar
N�o traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra
Se constr�i uma cabana
Tu trabalhas todo o ano
Na lota deixam-te nudo
Chupam-te at� ao tutano
Levam-te o couro cabeludo
Quem dera que a gente tenha
De Agostinho a valentia
Para alimentar a sanha
De enganar a burguesia
Adeus disse a Montegordo
Nada o prende ao mal passado
Mas nada o prende ao presente
Se s� ele � o enganado
Oito mil horas contadas
Laboraram a preceito
At� que veio o primeiro
Documento autenticado
Eram mulheres e crian�as
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
quem diz o contr�rio � tolo
E se a m� l�ngua n�o cessa
Eu daqui vivo n�o saia
Pois nada apaga a nobreza
Dos �ndios da Meia-Praia
Foi sempre tua figura
Tubar�o de mil aparas
Deixas tudo � dependura
Quando na presa reparas
Das elei��es acabadas
Do resultado previsto
Saiu o que tendes visto
Muitas obras embargadas
Mas n�o por vontade pr�pria
Porque a luta continua
Pois � dele a sua hist�ria
E o povo saiu � rua
Mandadores de alta finan�a
Fazem tudo andar para tr�s
Dizem que o mundo s� anda
Tendo � frente um capataz
Eram mulheres e crian�as
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Que diz o contr�rio � tolo
E toca de papelada
No vaiv�m dos minist�rios
Mas h�o-de fugir aos berros
Inda a banda vai na estrada
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