Logo da FEUP Blue Eyes Bandeira Portuguesa
Principal EU Mestrado Mafalda Veiga Contra-(des)Informação O CRÍTICO Histórias
Principal > Mestrado em Gestão de Informação > ARI > Trabalhos realizados > Comentário ao "As we may think"
 
 

2º Semestre

 

Análise de Dados

Análise Documental

Armazenamento e Recuperação de Informação

Bases de Dados

Gestão e Organização da Informação na Internet

Informação Empresarial

Sistemas de Apoio à Decisão

Sistemas Multimédia

1º Semestre

Comentário ao artigo "As we may think"

Artigo da autoria de Vannevar Bush. The Atlantic Monthly; July, 1945. Volume 176, No. 1; páginas 101-108

Comentário por Filipe Silva

 

Bush foi um visionário. O seu artigo publicado no final da segunda guerra pode ser lido como uma obra de quase ficção cientifica. É curioso notar que alguns dos tópicos que Bush aborda que considerava difíceis são agora lugares comuns e outros que ele pensava serem de fácil resolução ainda estão por executar.

A máquina como objecto para calcular e armazenar informação é agora de uso comum (o computador) assim como o uso de uma rede de computadores e Hiperlinks entre os documentos.

Pelo contrário, as maquinas ainda não conseguem reconhecer imagens, compreender a fala, sendo a aceitação de "ditados", isto é, a transcrição de registos de voz ainda imperfeita. a visão da fotografia como bastante importante para a recuperação de informação não se verificou, devido ao grande volume de informação produzida já de forma digital ou digitalizada à posteriori.

Vannevar Bush é, para muitos, o verdadeiro pai do hipertexto. Neste artigo Bush descreve um dispositivo chamado Memex. O objectivo do Memex era aumentar a memória humana providenciando os meios para organizar e associar informação.

Bush era da opinião que a mente trabalha por associações, criando uma rede intrincada de caminhos que conectam as memórias e os dados nela armazenados. Considerou assim que o melhor desenho para organizar mecanicamente (ou agora digitalmente) a informação deveria incorporar a associação.

O seu desenho conceptual para o Memex assegurava os meios para o utilizador juntar vários pedaços de informação, criando vias de comunicação entre eles. Todo o documento poderia ser ligado por muitos caminhos (Hyperlinks).

O Memex deveria também permitir ao utilizador anotar cada pedaço de informação, juntar a essa a sua própria informação e conectá-la à rede de caminhos já existentes.

O Memex é agora visto como a Internet, mas não é individual mas partilhado.

Mas uma máquina que consiga perceber os padrões de conhecimento como Bush tinha imaginado ainda não existe.

Ao nível de recuperação de informação grandes avanços já foram efectuados desde o tempo do artigo, mas Bush não deve ter imaginado a quantidade de informação que os estudantes e demais população tem agora ao seu dispor e a dificuldade de filtrar a informação desejada.

Existe agora mais uma ligação homem-máquina (apoiado pelas teorias de gestão de actor-Network de Cyborgs) onde é o poder da maquina auxiliada (ou auxiliando?) pelo ser humano que conseguem retirar partido da informação e filtrá-la.

Este artigo continua a ser muito citado e ficará sempre como um grande "clássico"  na recuperação de informação.


Leitura aconselhada: Michael Lesk, The Seven Ages of Information Retrieval, conference for the 50th anniversary of As We May Think, 12-14 October 1995, MIT, Cambridge, Mass

 

Enviar-me um email

Última Actualização:
  15-12-2004

 

Páginas optimizadas para Netscape 4 ou superior e IE 5 ou superior