O xenotransplante é uma técnica que aínda se encontra pouco desenvolvida e como tal, tem um longo caminho a percorrer no mundo da investigação científica. Rodeia-se ainda de uma série de problemas:
Só depois dos riscos associados com possíveis transmissões de doenças infecciosas e de difícil tratamento estarem devidamente controladas é que será ético começar a experimentação clínica em seres humanos. Quando isso acontecer, os xenotransplantes só deveriam ser aplicados em pacientes humanos quando os resultados sugerissem que esta operação teria hipóteses razoáveis de ser bem sucedida. Mas será de extrema importância que os doentes dêem o seu consentimento livre e sejam devidamente informados de todo o processo. É de grande importância o aparecimento de precauções e leis para todo o processo que envolva a transplantação de orgãos de animais para humanos. Sendo assim, é necessário a criação de um corpo competente e conhecedor, que seja independente das equipas de investigação que trabalham com esta técnica. Um exemplo seria a criação de um conselho consultivo para o xenotransplante. Este deveria combinar o conhecimento cientifíco e médico necessário para examinar todos os protocolos que se relacionassem com este assunto. Além tudo aquilo que já foi mencionado anteriormente, existe aínda outro problema, que é a falta de informação ao público em geral, relativamente a possíveis preconceitos ou medos. Existe por isso uma grande responsabilidade dos investigadores, dos media e de todos aqueles que são responsáveis por informar a sociedade, em dar a conhecer correctamente o problema. Por todos estas razões, será ainda muito cedo para vermos esta técnica como um meio de salvar as nossas vidas, mas talvez, as dos nossos filhos...
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