* Salomé e outras alucinações do Canhoto da Alma (24 Janeiro 2007 @ Bazaar)
|
Tendo por base o poema "Salomé" de Mário de S-Carneiro, Isi Isi e TrueTypo navegam juntos em mais sessão de alucinações burlescas vindas dos recantos mais obscuros de alma.
Lá onde as formas se misturam no crepúsculo, o som encontra ecos em si mesmo e os movimentos do corpo carecem da linha organizadora do tempo para assumirem a sua natureza eminentemente espasmódica.
Nós levamos as candeias. O Mário leva o àlcool....
Salomé
Insónia roxa. A luz a virgular-se em medo,
Luz morta de luar, mais Alma do que lua...
Ela dana, ela range. A carne, àlcool de nua,
Alastra-se para mim num espasmo de segredo...
|
* O Estranho Caso do Sr. Balsk (13 Dezembro 2006 @ Bazaar)
|
Poucos saberão exactamente o que aconteceu naquela noite de 16 de Agosto de 1956.
O ar estava parado na cidade do anjos e o calor preenchia todos os espaços deixado
em vago pelo silêncio.
O Sr. Bela Balskò arrastou-se vagarosamente do sofá até à cozinha onde
tirou mais uma cerveja fresca do frigorífico. Era nestas noites de
calor infernal que a dor na ciática mais o assombrava: uma das
recordações que o acompanhava desde os seus tempos de tenente na
Primeira Grande Guerra. Mas recentemente, nem as doses massivas de
opiáceos lhe proporcionava alguns momentos de paz, apenas lhe turvavam
mais a mente e lhe misturavam as recordações de uma vida já de si
irreal.
Um gato miava no quintal...
Testemunhas oculares questionadas após os lamentáveis acontecimentos,
afirmam terem visto, por volta da meia noite, uma mulher e dois homens
a tocarem porta da casa do Sr. Balskò. Todos trajavam de negro e
arrastavam longas capas pelo chão. Sr. Balskò não parecia surpreendido
quando lhes abriu a porta e os convidou calmamente a entrar.
Um sino tocava ao longe...
Na manhã seguinte, a polícia tinha cercado a casa do Sr. Balskò e
interrogava todos os vizinhos. Ninguém compreendia o porquê de tal
aparato policial, neste que era um dos bairros mais calmos de Los
Angeles.
Lentamente iam crescendo alguns rumores. Aparentemente o Sr. Balskò
teria sido encontrado deitado sobre a sua cama, trajando pela última
vez o fato que o deixara famoso. Falava-se da hipótese de suicídio,
após a sua queda em desgraça, agora que já ninguém se lembrava
dele!... A vizinha dizia que ele teria sido assassinado: seria tudo um
ajuste de contas levado a cabo por uma seita mística. Ela bem sabia os
hábitos estranhos do seu velho vizinho Sr. Balskò.
Aos jornais, a Policia negava todas essas possibilidades e comunicava
que o Sr. Balskò teria sido vítima de um ataque cardiaco fulminante. O
corpo no apresentava nenhuma marca de violência e o seu rosto
traduziria até um aparente alívio e calma interior.
A manhã gastava-se lentamente, tão quente como a noite anterior.
Entretanto, no meio de toda a especulção, só uma coisa parecia
realmente certa:
Bela Lugosi estava morto.
|
* The Déjà Vu Conspiracy (15 Nov 2006 @ Bazaar)
|
A experincia "déjà vu" um fenómeno que ocorre sempre que um indivíduo,
perante um acontecimento presente e inédito, tem a sensação de que
este se trata de um acontecimento já vivido, isto é, pertencente ao seu passado.
A experiência de "déjà vu", ainda não totalmente explicada, provoca por isso
sentimentos de surpresa, confusão ou estranheza, mas também de intensa clarividência.
Estudos científicos revelam que a experincia de "déjà vu" já foi vivida por mais de
70% da população, embora as tentativa de confirmar estes valores em laboratório sejam,
até agora, inconclusivas. Contudo, em condições controladas de som e de imagem,
acredita-se que a probabilidade do fenómeno de "déjà vu" aumente significativamente,
podendo até atingir frequências perigosamente elevadas.
|
* Querida, hoje chego mais tarde (6 Out 2006 @ Labirintho)
|
Os arquivos, carimbos e orçamentos.
As chamadas em fila espera.
O café no corredor.
O sorriso de quem quer, pode e manda.
Os pequenos prazeres do trabalho.
O sentimento do dever cumprido.
Tudo isto e muito mais....
|
* O Despropósito (22 Abril 2006 @ Plano B)
|
Um dilúvio , um mundaru , uma insanidade , um destempero, um
... cebo um vazio , uma sensação desconfortável de insegurança e
... ficaram em magotes no adro da igreja discutindo tamanho
A sobrinha do Aférnio: Essa moça cometeu o
Mais , nao me parece que tenham custado 1 milhao ... Muito a
Barulho tão a
... ultneo , noutro local , diferentes personagens trocam sorrisos a
... em quatro ou cinco borracheiras , das de caixão â cova , passe o
... rao , maior poder de encaixe , por forma a dar boa guarida ao
Clicles -- Que
... ensam que o nosso " sub-consciente " é evocado muitas vezes a
|
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
despropósito
|
, um descontrole...
: queria que essas bocas...
.
de me linkar também .
.
levantou a lebre .
dos encontros ocasionais .
da frase .
dos primeiros golpes .
, Sócrates !
e que poucos são os...
|
* The Green Ray (9 Mar 2006 @ Labirintho)
|
O Raio Verde (Green Ray), também conhecido como o Flash Verde (Green Flash) ou Aro Verde (Green Rim), é um fenómeno que ocorre ao pôr-do-sol mediante certas condições atmosféricas e em certas latitudes (mais info).
O Raio Verde é a última gota de luz possível de vislumbrar antes do cair da noite, o último testemunho de um ciclo que se fecha.
Em certas culturas urbanas já extintas da América do Sul, o Raio Verde era o sinal de que uma noite especial se aproximava, dando-se início a uma série de rituais onde a música dominava os sentidos até ao vislumbrar dos raios da manhã...
|
* Paisagens Binárias (12 Jan 2006 @ Labirintho)
|
Paisagens no cartografadas de muitos zeros e uns.
Navegadas sem conta e com risco.
Sem mapas e nem GPS.
|
|