Sonhos, dúvidas existenciais e manhas de um aluno de doutoramento
Luís Sarmento

Nesta apresentação pretendo partilhar alguma da minha experiência de aluno de doutoramento do ProDEI, após cerca de dois anos de trabalho. Tal como a maioria dos alunos de doutoramento tenho percorrido um caminho com pontos altos e pontos baixos, com momentos de confiança e momentos de pânico absoluto. Tal como quase todos os alunos de doutoramento enfrento diariamente a questão: o que é que eu ando aqui a fazer?

Depois de fazer uma breve apresentação do meu trabalho de doutoramento e do meu percurso nestes dois anos, irei reflectir mais genericamente sobre o que tem sido para mim a vida de aluno de doutoramento, nos seus diversos aspectos. Tendo por base a minha experiência em Portugal e no estrangeiro, tentarei dar a minha visão pessoal acerca de vários assuntos. Que dificuldades e que possibilidades parecem existir local, regional, nacional e internacionalmente para nós alunos de doutoramento portugueses? O que poderemos realisticamente ambicionar cientificamente, e como o poderemos atingir? Como nos poderemos organizar enquanto comunidade e como nos podemos potênciar como investigadores e agentes científicos? Qual o nosso papel na formação de uma comunidade académica mais forte e de uma massa crítica capaz? Qual pode ser e deve ser o impacto social da nossa actividade? Como nos poderemos defender de algumas ameaças silenciosas? Como podemos ter uma vida equilibrada sem sacrificar a qualidade do árduo trabalho de doutoramento?

Mas mais importante que tudo isto, irei abordar o problema de como responder à nossa mãe quando nos pergunta singelamente: "Filh(o/a), mas afinal o que é que tu fazes?"