Gestão de Sistemas de Saúde

25 de julho de 2022
Organização e moderação: Mário Amorim Lopes
Oradores: Álvaro Almeida e Daniela Maia

Quase todos os sistemas de saúde enfrentam grandes desafios: o envelhecimento da população, as doenças crónicas e fatores de risco. Mas o sistema português tem estado particularmente vulnerável: enormes listas de espera, urgências encerradas, mortalidade em excesso muito acima da média europeia, dificuldade em contratar profissionais de saúde, entre muitos outros problemas. O aumento do número de apólices de seguro de saúde confirma a patologia: algo está mal com o SNS. A dúvida está na terapêutica: é possível reformar o SNS no contexto de uma Administração Pública burocrática? É possível implementar boas práticas de gestão nos hospitais públicos? Como garantir o acesso universal a cuidados de saúde? Os nossos convidados ajudarão a responder a estas e outras questões.

Transformação Digital e Políticas Públicas para a Transição na Energia e Indústria

18 de julho de 2022
Organização e moderação: Lia Patrício
Oradores: Nelson Pinho e Agostinho da Silva

Esta sessão irá abordar a Transformação Digital e as Políticas públicas, explorando de que forma a transição digital é fundamental para a transição energética e para a transição da arquitetura, engenharia e construção, e como os setores público e privado podem endereçar estes desafios.

Descarbonização da Energia – Por mares nunca dantes navegados

11 de julho de 2022
Organização e moderação: Adélio Mendes
Oradores: Miguel Gil Mata e Pedro Furtado

Nesta sessão, falar-se-á do que é necessário ser feito para atingirmos as metas de descarbonização da energia até 2030 e 2050, com as quais o país se comprometeu, assim como de quais as políticas públicas que deverão ser implantadas para permitirem ou facilitarem atingir os objetivos indicados. Importa também falar das inovações tecnológicas que poderão contribuir para atingir mais facilmente os objetivos traçados.

Tecnologia num Mundo Turbulento: Reflexão Prospetiva

4 de julho de 2022
Organização e moderação: António Torres Marques
Oradores: Miguel Poiares Maduro (a confirmar), José Félix Ribeiro e António Cunha

A Engenharia tem, cada vez mais, um papel relevante na definição de Políticas Públicas. Os desafios que se colocam atualmente e com impacto na vida do Planeta só poderão ser resolvidos se forem encontradas soluções tecnológicas sustentáveis, economicamente vantajosas e socialmente justas.
Neste Seminário procurar-se-á, comparando os 3 Cenários prospetivos desenvolvidos no Projeto Portugal 2030 promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, identificar os desafios para a Engenharia no quadro das orientações de Políticas Públicas considerando a sua aplicabilidade nas áreas mais prementes para a Região Norte de Portugal.

Ferrovia

27 de junho de 2022
Organização e moderação: Rui Calçada
Oradores: Pedro Moreira, Luís Andrade Ferreira e Frederico Francisco

A União Europeia atribui ao transporte ferroviário um papel central no esforço para atingir a neutralidade climática em 2050, compromisso afirmado por Portugal e traduzido no Roteiro para a Neutralidade Carbónica. Para dar corpo a esta prioridade serão enfatizados os investimentos que estão a ser realizados para a recuperação de material circulante e a sua recolocação ao serviço, para a aquisição de novo material circulante, para o desenvolvimento do projeto e construção do comboio português, para a recuperação e construção de novas linhas, que permitirão ganhos de acessibilidade, decorrentes da alta velocidade. Será ainda apresentado o Centro de Competências Ferroviário, criado com a visão de posicionar Portugal como referência na indústria ferroviária, no desenvolvimento de tecnologias e de novos produtos, na capacitação de capital humano e do tecido industrial nacional e na aceleração de ideias, projetos e empresas com capacidade de internacionalização.

Será ainda apresentado o Plano Ferroviário Nacional, em desenvolvimento, que pretende orientar as opções de investimento de longo prazo, assegurando uma cobertura adequada do território e a ligação dos centros urbanos mais relevantes, as ligações transfronteiriças ibéricas e a integração na rede transeuropeia, a integração do modo ferroviário nas principais cadeias logísticas nacionais e internacionais, a conexão da rede ferroviária com outros modos de transporte, designadamente, rodoviário, aéreo, fluvial e marítimo, tanto de mercadorias como de passageiros, favorecendo o desenvolvimento do modelo de Mobilidade como um Serviço (Mobility as a Service – MaaS).

Nesta sessão, ouviremos três destacados protagonistas nesta matéria que, por um lado, nos irão elucidar sobre aquilo que as empresas e as instituições estão a fazer e que, por outro, nos ajudarão a debater sobre que políticas públicas poderão contribuir para apoiar as soluções.

Nova diretiva de cibersegurança: outro RGPD?

20 de junho de 2022
Organização e moderação: Ricardo Morla
Oradores: Pedro Veiga e Romeu Rocha

À força de multas pesadas, o Regulamento Geral de Proteção de Dados mudou a forma como as organizações tratam os dados pessoais e isso teve um impacto indireto no aumento generalizado da cibersegurança muito para além dos dados pessoais. Já acertada entre Conselho e Parlamento, a revisão da diretiva de Segurança das Redes e da Informação (NIS2) promete um mesmo nível de multas, mais setores de atividade abrangidos, e maior exigência técnica. Qual será o impacto da NIS2? Será outro momento multiplicador da cibersegurança ou o seu impacto irá pouco além do RGPD? E estarão as organizações abrangidas preparadas para o que se lhes irá exigir?

Gestão Sustentável da Floresta: Política Pública e Investimento Privado

13 de junho de 2022
Organização: José Manuel Mendonça
Moderação: João Claro
Oradores: João Paulo Catarino, Paulo Azevedo e Carlos Fonseca

A relevância e atualidade dos desafios da dupla transição ambiental e energética reforçam o papel da floresta como recurso crítico e como ator de primeiro plano numa resposta europeia e, apesar do contexto muito complexo que vivemos, emergem visões novas, quiçá disruptivas, sobre o papel que o Estado e os privados terão de chamar a si no futuro próximo. A floresta do futuro terá de passar obrigatoriamente pela sustentabilidade económica, social e ambiental, sendo necessário novas abordagens que tragam valor acrescentado a toda a cadeia de valor e que possam contribuir, efetivamente, para a valorização do Mundo Rural.

O Vinho e as Alterações Climáticas

6 de junho de 2022
Organização e moderação: José António Sarsfield Cabral
Oradores: António Graça e Luís Marcos

Em todo o mundo as regiões vitivinícolas estão a ser fortemente afetadas pelas alterações climáticas. Para Portugal, que nas últimas décadas levou a cabo uma notável melhoria na qualidade dos seus vinhos – facto que se traduz hoje numa inédita capacidade exportadora -, aquele fenómeno representa uma enorme ameaça, já que é um dos países produtores mais vulneráveis. Será que as características dos nossos vinhos vão mudar? O que irá suceder nas regiões mais quentes, tais como o Alentejo ou o Douro? O vinho do Porto deixará de ser o que era? O que deve mudar na viticultura e na enologia? Vão aparecer novos produtores em latitudes mais a Norte e a Sul capazes de concorrerem com os nossos vinhos?

A mitigação dos problemas criados pelas alterações climáticas no setor do vinho requer uma abordagem multidisciplinar, fortemente suportada no conhecimento. Tal abordagem cruza diversos domínios, tais como a geologia dos solos, a seleção de castas e a exploração da variabilidade genética, a viticultura de precisão baseada em georreferenciação de videiras, o processamento de imagem, o tratamento de dados climatéricos, o desenvolvimento de sistemas de informação e de inteligência artificial de apoio à viticultura, novas práticas enológicas, etc. Algumas das nossas empresas e instituições do setor do vinho têm vindo a preparar-se para o problema, não só desenvolvendo e incorporando conhecimento, mas também adotando estratégias e tecnologias vitícolas e enológicas especificamente concebidas para a superação dos efeitos das alterações do clima. Pode mesmo afirmar-se que, em alguns domínios, Portugal está na linha da frente do conhecimento sobre a forma de combater o problema.

Nesta sessão, ouviremos dois destacados protagonistas nesta matéria que, por um lado, nos irão elucidar sobre aquilo que as empresas e as instituições estão a fazer e que, por outro, nos ajudarão a debater sobre que políticas públicas poderão contribuir para apoiar as soluções.

A Urgência da Transição Energética – Soluções e Impactos

30 de maio de 2022
Organização e moderação: João Peças Lopes
Oradores: Jorge Vasconcelos, Pedro Amaral Jorge e Sara Goulart

A Transição Energética é hoje o resultado de uma emergência climática e de uma emergência económica resultante da guerra na Ucrânia. Vamos continuar a planear investir em energias renováveis, o que implica explorar os recursos renováveis ao máximo, traduzindo-se na massificação da produção distribuída e agora também na exploração das energias marinhas (eólica off-shore, solar PV flutuante, energia das ondas). A literacia energética e o aumento da eficiência energética serão também domínios onde é preciso investir. Também o vetor hidrogénio irá contribuir para apoiar a descarbonização da economia em setores como a indústria e os transportes de longa distância.

Tudo isto implica a necessidade de ajuste dos Planos de Energia e Clima face a esta urgência, avaliando os impactos ambientais, económicos, de segurança de abastecimento e de resiliência do sistema energético. É importante discutir as soluções técnicas, regulatórias e ambientais possíveis e a sua trajetória temporal e definir políticas públicas onde esta estratégia se consubstancie. Existem ainda associadas a esta transição energética grandes oportunidades para indústria Portuguesa, nomeadamente nas energias marinhas. Novos clusters industriais podem e devem ser desenvolvidos.

As instituições do sistema científico e tecnológico estão prontas para apoiar a aceleração da transição energética? E qual deverá ser o seu papel?

Políticas Públicas para a Descarbonização dos Edifícios

23 de maio de 2022
Organização e moderação: Eduardo Maldonado
Oradores: Cláudia Sousa Monteiro, Victor Ferreira e João Manuel Sousa

Para atingir a meta de um setor dos edifícios descarbonizado até 2050, torna-se necessário reabilitar todo o parque existente durante os próximos 25 anos para os edifícios existentes atingirem um padrão de “emissões zero”.
Nesta sessão, discutem-se os objetivos a atingir, as políticas públicas previstas (regulamentação e apoios), os grandes desafios que se colocam e as possíveis soluções para atingir a meta final.

Mineração do Lítio

16 de maio de 2022
Organização e moderação: João Santos Baptista
Oradores: Amílcar Soares, Isabel Dias, José Torres Costa

A Europa importa cerca de 90% das matérias primas que consome. Isso compromete todo o desenvolvimento económico, nomeadamente a transição industrial e energética no sentido da digitalização e da descarbonização.  No entanto, a produção local de matérias primas, nomeadamente do Lítio, nem sempre é bem aceite pelas populações e os movimentos contra a sua exploração multiplicam-se.

É possível manter a atual qualidade de vida em Portugal e na Europa mantendo esta dependência de matérias primas?  Como sanar o conflito entre a necessidade de matérias primas e a rejeição à sua exploração?  Que diálogo deve haver entre decisores políticos, população e indústria?  Que papel para a Engenharia?

Água

9 de maio de 2022
Organização e moderação: Joaquim Poças Martins
Oradores: José Pimenta Machado e Filipe Araújo

As alterações climáticas ameaçam a vida do planeta e têm já impacto visível à nossa volta, por exemplo nas secas que nos afetam com cada vez mais severidade e frequência.
Há coisas que, como cidadãos, podemos fazer no sentido de reduzir consumos e melhorar a forma como a utilizamos. E como sociedade, que podemos fazer? Que políticas (em vigor) devem ser corrigidas e que políticas (novas) devem ser promovidas? E qual o papel da Engenharia na definição dessas políticas?
Nesta sessão, serão abordados tópicos incontornáveis como o nexus água/energia/alimento, a reutilização, a dessalinização, a digitalização e a água na cidade e nos campos, tendo sempre como enquadramento o conceito integrador de sustentabilidade, nas suas vertentes económica, ambiental e social.