Medem a densidade de líquidos. Também são sujeitos a grandes erros e vícios. Em laboratório de solos, podem - por exemplo - medir a variação da densidade de uma solução (água + defloculante) com um solo em suspensão, enquanto as partículas sólidas deste estão se sedimentando. O método utilizado para sua utilização é semelhante ao usado na pesagem indireta: chamando L a medição feita com o densímetro e R ao eventual erro do densímetro, a influência da presença do solo na densidade da solução terá por medida:
I (solo)=L (solução + solo + R) – L (solução pura + R) (Como a temperatura também influencia a densidade, ambas as leituras devem ser feitas a uma mesma temperatura). Outro motivo de erro surge ao usar o densímetro: ao serem feitas leituras na solução de solo, a água está geralmente escura, devido à presença do solo. Isto obriga o laboratorista a fazer leituras na parte mais alta do menisco (causado por o líquido molhar a haste do densímetro), quando o correto é ler na base do menisco. Mas quando é feita a leitura na solução pura, que é clara e transparente como a água, não é possível enxergar claramente o ponto mais alto do menisco, e a leitura é feita (corretamente) no nível da solução (base do menisco).
Verifica-se experimentalmente que o erro causado pela diferença entre os dois modos de leitura tem valor médio -0,0012 (pouco mais de uma subdivisão na escala do densímetro). Este erro é facilmente corrigido, somando o valor 0,0012 a todas as diferenças de leitura mencionadas. O resultado de L(solução+solo+R)-L(solução+R)+0,0012 é denominado “leitura corrigida” e utilizado nos cálculos da fase de sedimentação do ensaio de granulometria completa. |
|||
|
|||
Medição, Sensores e Instrumentação. Faculdade de Engenharia da universidade do Porto MIEEC |